sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Resumo de Gervanilda, Flávia e Maria da Paz

RESUMO DO II e III CAPÍTULO DO LIVRO - ALFABETIZAÇÃO: MÉTODO SOCIOLINGUÍSTICO: CONSCIÊNCIA SOCIAL, SILÁBICA E ALFABÉTICA EM PAULO FREIRE.

O livro Alfabetização: método sociolinguístico: consciência social, silábica e alfabética em Paulo Freire, está dividida em quatro capítulos, o primeiro capítulo fala dos métodos de alfabetização, subdividido em três partes: breve histórico dos métodos de alfabetização; o método das cartilhas e o método Paulo Freire de alfabetização, no segundo capítulo sobre o construtivismo no Brasil: contribuição, equívocos e consequências para a alfabetização, subdividido em três partes: a contribuição da psicogênese da língua escrita para a alfabetização; equívocos da interpretação da psicogênese da língua escrita e consequências dos equívocos da interpretação da psicogênese da língua escrita, no terceiro capítulo falam do método sociolinguístico de alfabetização: consciência social, silábica e alfabética, subdividido em quatro partes: concepção sociolinguística do método Paulo Freire de alfabetização; escolha das palavras geradoras; fundamentos sociolinguísticos do método Paulo Freire, nos passos da “codificação” e da “descodificação” da palavra geradora e fundamentos linguísticos do método Paulo Freire: evolução da escrita, fonética e fonologia, sistema gráfico e ortográfico e aspectos linguísticos da psicogênese da língua escrita, no passo da análise e síntese da palavra geradora, e por fim o quarto capítulo fala como implementar o método sociolinguístico de alfabetização: consciência social, silábica e alfabética, subdividido em cinco partes: sugestões preliminares para a prática da alfabetização; orientação para implementar o método sociolinguístico de alfabetização através da palavra geradora; roteiro para desenvolver a palavra geradora: com passos (1º, 2º, 3º, 4º) do método Paulo Freire associados a atividades didáticas dos níveis pré-silábico (I), silábico (II) e alfabético (III) decorrentes da psicogênese da língua escrita, mais a conclusão. No livro os autores buscam contribuir com ideias e propostas para melhorar a qualidade da alfabetização da escola pública. Trazendo como proposta práticas, ideias e soluções capazes de resolver o grave problema que é o fracasso da alfabetização de crianças da escola pública, as quais, ao chegarem ao 5ª ano, do Ensino Fundamental e ainda permanecem analfabetas.
Neste trabalho iremos fazer uma síntese do segundo e terceiro capítulo do livro, deste modo o primeiro fala do construtivismo no Brasil, os autores destacam a importância de uma pesquisa feita por Ferreiro e Teberosky, sobre a psicogênese da língua escrita, partindo do ponto que o conhecimento se baseia na atividade do sujeito em interação com o objeto de conhecimento, a criança antes de chegar a escola tem ideais e faz hipóteses sobre o código escrito, descrevendo nos estágios linguísticos que percorre até a aquisição da leitura e da escrita, essa foi a teoria formulada e comprovada por Ferreiro e Teberosky, para elas se há saberes sobre a língua escrita que as crianças já dominam antes mesmo de entrar na escola, os analfabetos adultos também deveriam apresentar suas ideias e hipóteses sobre a escrita, a nossa ignorância sobre a escrita dos adultos analfabetos não nos leva a vê-los como tábua rasa de vivências sobre a leitura e a escrita, o analfabeto adulto diferente das crianças já superou o nível pré-silábico, assim a pesquisadora Ferreiro observou que enquanto é muito fácil conseguir de uma criança pré-alfabetizada produções escritas, no adulto analfabeto a “consciência de não saber” é muito forte e ele se sente incapaz de tentar escrever. Os autores, ainda trazem sobre a pesquisa de Ferreiro e Teberosky (1986), aspectos que descrevem o aprendiz formulando hipóteses a respeito do código nos níveis pré-silábico, silábico, silábico-alfabético, alfabético, em uma linha regular organizada em três grandes períodos: 1º) o da distinção ente o modo de representação icônico ou não icônicos; 2º) o da construção de formas de diferenciação sobre o eixo qualitativo e o eixo quantitativo que configuram a fase pré-linguística ou pré-silábica; 3º)o da fonetização da escrita, iniciado pelo período silábico e terminado no alfabético. Ainda em Ferreiro e Teberosky, a psicogênese da escrita descreve como o aprendiz se apropria dos conceitos e das habilidades de ler e escrever, mostrando a aquisição desses atos linguísticos, ou seja, o aluno na fase pré-silábica até alfabetizar-se, ignora que a palavra escrita representa a palavra falada, e desconhece como essa representação se processa. Ainda na teoria da psicogênese, no nível pré-silábico o aprendiz pensa que pode escrever com desenhos, rabiscos, letras ou outros sinais gráficos pensando está correto. Com o avanço percebe que a palavra escrita representa não a coisa, mas o nome da coisa, e que as letras são diferentes dos desenhos, mas ainda sem perceber a correspondência sonora, e quando perguntado sobre quantas vezes abrimos ab boca para pronunciar determinada palavra é que começará antecipar a quantidade de letras que deverá registrar para escrever, assim o aluno avança para o próximo nível de escrita o silábico. Na passagem para esse nível o aprendiz descobre que a palavra escrita representa a palavra falada, acredita que basta grafar uma para se poder pronunciar uma sílaba oral, mas só entrará no nível silábico com correspondência sonora, ex: MENINO grafar MIO (M=me, I=ni, O=no), e assim segue. As crianças passam por todas as fases da alfabetização, diferente dos adultos que vão direto para fase alfabética, neste nível alfabético, o aprendiz analisa na palavra suas vogais e consoantes, pois acredita que as palavras escritas devem representar as palavras faladas, com correspondência de letras e sons. Dessa forma terá muitos conflitos por está alfabetizados e não compreender a diferença entre a escrita ortográfica e a escrita de acordo com a fala. Os autores também trazem os equívocos na interpretação da psicogênese da língua escrita, sobre o construtivismo por Ferreiro e Teberosky, e dizem que há vinte anos foi introduzido no Brasil, para contribuir na melhoria da qualidade da alfabetização, adotado pelos sistemas públicos de ensino, e vem abalando as crenças e os fundamentos da alfabetização tradicional, mudando a linha de ensino das escolas e levando os professores a conflito metodológico, em depoimento decentes apontam a mais séria dificuldade para essa implantação, a necessidade do abandono das técnicas silábicas de análise e síntese tradicionais, em favor da nova conduta, a didática do nível pré-silábico. Mas também existem professores que se diz construtivista e trabalha com silabação e memorização. Nesta pesquisa que tem implicações pedagógicas, as autoras citam a obra de Grossi (1985), sobre as atividades didáticas sistematizadas do nível pré-silábico que: “se caracteriza pela criação de um ambiente rico em materiais e atos de leitura e escrita” (...), ou seja, quanto mais materiais a criança tem a sua disposição, mais aumenta o seu desejo pelo aprendizado. Os autores também falam das consequências causadas pelos equívocos da interpretação da psicogênese da língua escrita, no final da década de 80 Secretarias de Educação, motivadas pelo constatado fracasso escolar elaboram Propostas Pedagógicas e de treinamento de Supervisores de Ensino, para capacitação de alfabetizadores da Rede de Ensino. Os organizadores de tais propostas tentaram à luz da teoria de Ferreiro e Teberosky, criar um método revolucionário, inovador de alfabetização, muito deferente do método das cartilhas utilizado durante décadas em nosso país, mas, segundos os autores as duas formas de aprendizagem não são métodos, mas sim orientações, e para tanto, foram divulgadas junto as revelações de Ferreiro e Teberosky concepções de outros autores, as quais causaram muitos equívocos na interpretação da psicogênese da língua escrita como: - Definição da alfabetização – Alfabetização ou Letramento, que é a confusão que se deu em definir alfabetização e letramento, é de suma importância, pois são dois processos distintos e da sua compreensão dependerão dos resultados da alfabetização em sala de aula, que segundo Soares (2003) é um, conjunto de técnicas – procedimentos, habilidades – necessárias para a prática da leitura e da escrita (...), ou seja, alfabetização é o domínio do código e da técnica da escrita, e letramento é a capacidade e ler e interpretar diferentes gêneros textuais, por isso os dois devem andar juntos. Nesta alfabetização quando o aluno lê, realiza a decodificação de sinais gráficos, transformando grafemas em fonemas; quando ele escreve, codifica, transformando fonemas em grafemas, já o letramento é uso de competências de leitura e de escrita por um indivíduo que já domina o código. Para os autores, o grande equivoca da alfabetização no Brasil, resulta da concepção equivocada e da má interpretação da pesquisa de Ferreiro e Teberosky, a psicogênese da língua escrita, pois as atividades didáticas incentivadas pelos interpretes do construtivismo, são estratégias de letramento e não de alfabetização, ou seja, são atividades para o aluno “fingir que lê”. Para os autores trabalha-se o que é alfabetização, quando se ensina as relações entre fonemas e grafemas, mostrando quais e quantas letras são necessárias para se escrever as palavras, quando se apresenta a composição das sílabas, a definição de “alfabetização” e “letramento” é muito importante não só como fim, mas como meio, e também são processos distintos, que devem estar juntos a fim de assegurar uma aprendizagem de qualidade, o processo de alfabetização por ser específico e convencional, merece esforço e dedicação especial, sem ficar diluída e inconclusa no processo de letramento como vem sendo feito, com péssimos resultados de leitura e interpretação. Os autores também trazem como equívocos os suportes de textos, nas propostas “construtivistas” elaboradas e implantadas para trabalhar com a realidade e interesses dos educandos como: receitas de culinárias, panfletos e etc. Outro equívoco foi dizer que “os alunos aprenderiam a escrever só de ver o professor escrevendo na lousa”, ou o professor deveria contar histórias, e depois pedir aos alunos que recontassem assumindo o papel de “escriba” da sala, reescrevendo o texto na lousa sob a justificativa de que só de ver o professor à lousa aprenderiam. Para tanto os autores trazem relatos de profissionais que desenvolveram tais propostas e se frustraram por não ver os alunos avançaram na aprendizagem da leitura e da escrita, estava evidente o fracasso desta didática, pois a especificidade da alfabetização não era trabalhada. Outro equívoco citado pelos autores era o fato de dizer que não precisavam ensinar, as crianças aprendiam sozinhas, o professor não precisava desenvolver um trabalho sistemático de alfabetização, pois deveria exercer a função de “mediador” do conhecimento, era preciso deixar os alunos demonstrar interesse. Para os autores alfabetizar exige trabalho sistemático com objetivos determinados, com carga horária diária, concentração, esforço, persistência e determinação, portanto, o método estava totalmente incompatível, pois se uma criança chega a escola e fica a vontade para fazer o que quer ela não vai pedir para que o professor a ensine. ­Após a divulgação da pesquisa de Ferreiro e Teberosky, a cartilha foi considerada vilã, responsável pelo fracasso de 50% dos alfabetizando e, pela evasão escolar, deixando os professores sem saber o que fazer e nem como agir diante de tanta mudança. Outro equívoco citado pelos autores foi o de “pedir ao aluno que escreva do seu jeito”, da forma como sabiam, para que não fossem reprimidos como  cartilha fazia, ao permitir que escrevessem usando apenas elementos dominados, isso era para incentivar o aluno escrever sem medo, mas, para o professor o problema era ver o aluno tentar escrever sem a mínima noção de escrita, pois existe uma distância entre o trabalho de nível pré-silábico para o nível alfabético “escrita”. O último equívoco citado pelos autores é “como a teoria construtivista afirma que é o sujeito que constrói seu conhecimento, o professor não pode intervir”, há um equívoco nesta concepção, pois se o professor não pode intervir com atividades que ajudem o aluno a avançar, alegando que, se a criança é o sujeito do conhecimento, é preciso deixar que avance sozinho, assim, este equívoco seja o maior responsável pelo atual fracasso na aprendizagem da leitura e da escrita. Se o aluno está no nível pré-silábico há necessidade de que seja estimulado a perceber que escrevemos com letras e, na sequência que seja levado a aprender com quais letras se escreve, mas se o aluno estiver no nível silábico, grafando uma letra para cada sílaba, deverá ser estimulado a perceber se a grafia utilizada corresponde à representação do som desejado. O construtivismo teve seu mérito quando destronou a cartilha e apresentou uma teoria sobre a aquisição da escrita. Segundo Soares (2003), se na época da cartilha havia método sem teoria sobre alfabetização, hoje há uma bela teoria, mas não tem método. Para tanto, os autores fala como o construtivismo foi positivo, principalmente por destronar a cartilha, apresentou teoria sobre a aquisição da escrita, mostrou os equívocos da concepção da psicogênese e a crítica sobre a descontextualização, e por fim fala do método Paulo Freire, que garante a contextualização mostrando-se coerente e eficaz fazendo uma leitura de mundo.    No terceiro capítulo os autores falam da concepção do Método Sociolinguístico de Alfabetização Paulo Freire, na esperança de contribuir para inclusão social de milhões de analfabetos brasileiros, no domínio da leitura e da escrita para a conscientização de seus direitos de cidadão, assim foi elaborada uma filosofia de educação mais que um método. A exposição dos fundamentos sociolinguístico de método Paulo Freire, apresenta primeiro suas respectivas definições, em ordem e esquema, depois esse esquema será complementado com as atividades didáticas dos níveis pré-silábico, silábico e alfabético e, serão expostos os fundamentos sociolinguístico. Antes da definição dos passos conceitua a “palavra geradora” que é designação do método, pois é extraída do universo vocabular dos aprendizes, e através da composição das sílabas e pela sua combinação, são geradas outras palavras.
            Segundo os autores o Método Paulo Freire, mesmo tendo passos a serem desenvolvidos, não impede o aprendiz de refletir livremente sobre o objeto de conhecimento, a escrita; ao contrario, propicia-lhe a reflexão e a crítica de sua realidade, por meio da leitura de mundo, da sociedade e seu momento com contextualização, diferente dos demais métodos. O método Paulo Freire tem seus passos e suas definições que são:
            - A codificação, é a representação de um aspecto da realidade expresso pela palavra geradora, por meio de oralidade, desenho, dramatização, mímica música e de outros códigos que o alfabetizando já domina, permitindo conhecer alguns momentos de seu contexto concreto, ou seja, o que os alunos pensam sobre o tema de forma oral, e a partir daí ver o que eles sabem sobre o tema.  Já a decodificação, é a releitura da realidade expressa na palavra geradora para superar as formas ingênuas de compreender o mundo, através da discussão crítica e do subsídio do conhecimento universal acumulado, extraindo os elementos existentes da palavra geradora, transformando o aluno num ser crítico para que avence em sua aprendizagem.
            - Na análise e síntese, da palavra geradora tem como objetivo levar  o aprendiz à descoberta de que a palavra escrita representa a palavra falada, através da divisão da palavra em sílabas e apresentação de suas famílias silábicas na ficha de descoberta e, a seguir, junção das sílabas para formar novas palavras, isso para o alfabetizando que está lendo. Já a fixação da leitura e da escrita, faz a revisão da análise das sílabas da palavra e apresentação de suas famílias silábicas para, através da ficha de descoberta, formar novas palavras com significado e para composição de frases e textos, com leitura e escrita significativas. Os passos da alfabetização que caminham da palavra escrita, apresentada abaixo, suas partes as sílabas, num processo analítico-silábico, ex: ESCOLA, ES-CO-LA, precisa ser procedidos da “codificação” e da “decodificação”, como propõe Paulo Freire, de que a leitura do mundo precede a leitura da palavra. E nas atividades didáticas propostas, antes da análise e síntese da palavra geradora, será indispensável ler o mundo como o alfabetizando já conhece, começando exercitar pelo código, desenho, dramatização, despertando a sua capacidade de identificar os problemas da realidade, para assim desenvolver sua aprendizagem. Os autores também falam dos fundamentos sociológicos do método Paulo freire, nos passos da “codificação” e da “decodificação” da palavra geradora, que são os dois primeiro passos, garantindo que a aquisição da leitura e da escrita seja significativa partindo da palavra geradora, através do diálogo e dos códigos que o alfabetizando já domina, e esses dois passos representam a fase necessária de exploração das potencialidades mentais do alfabetizando, por meio das linguagens que devem preceder a técnica de ler e escrever, e que instrumentalizam a criança para o desempenho social, podendo reivindicar, discutir, tomar a palavra, expor e superar as formas contemplativas de compreender o mundo. Para os autores no método Paulo Freire a “codificação” é o momento privilegiado em que é dado ao aprendiz o direito à vez e à voz. Na “descodificação” o professor poderá introduzir um texto que pode ser científico, ou a letra de uma música, de uma poesia ou outro suporte de sua preferência, através do qual será feita a releitura de mundo, o professore irá orientar a discussão com questionamentos que induzam os alunos à reflexão sobre o tema em debate, diferente da “codificação”. Segundo os autores os materiais didáticos de alfabetização se iniciam pela letra, sílaba, palavra, sentença ou por um texto. Essa metodologia torna-se mecânica, se não for inserida na situação e na intencionalidade discursiva do alfabetizando, as primeiras técnicas de escrita precisam estar associadas a uma autêntica oralidade, a escrita não será mera transcrição da fala, porque estará investida de significação. Na análise e a síntese das sílabas da palavra geradora depois de retirá-la do contexto onde é produzida, com seu significado em uso real da linguagem,  o aprendiz tomaria consciência da existência da sílaba, estabeleceria a correspondência entre a fala e escrita, em vez de memorizar, compreenderia sistema de escrita alfabética e compor novas palavras por meio da descoberta. Os autores falam também dos fundamentos linguísticos como o terceiro passo do método Paulo Freire que traz a evolução da escrita, e a linguística contribui para a formação do alfabetizador com fundamentos na compreensão do processo de aprendizagem e ensino da leitura e escrita. Os autores ainda resumem as fases pelas quais a escrita passou até chegar ao que se encontra hoje: em pictográfica, ideográfica, silábica e alfabética. Segundo os autores, para facilitar as habilidades de ler e escrever, é essencial que o alfabetizador conheça as características sociolingüísticas, fonéticas e fonológicas desses atos lingüísticos, pois a linguagem humana sofre mudanças de ordem externa, quando varia no espaço, no tempo, nas camadas sociais e de indivíduo para indivíduo, e mudanças internas que são relações entre letras e sons, e sons e letras, em nível de escrita e na fala, o conhecimento das variações internas pelo alfabetizador é fundamental para resolver o problema como ajudar as crianças nestas variações. Para os autores, quando o aprendiz supera o nível silábico atinge o alfabético, vendo nas palavras as sílabas e os fonemas combinados, desequilibra-se ao perceber que essa relação biunívoca letra/som, som/letra, onde a letra representa o som, não ocorre sempre por ter relação complexa, e entenderá que se fala de um jeito e escreve-se de outro, com base não na transcrição fonética, mas na tradicional ortográfica. Os autores avalia que o Método Paulo Freire atende a todos os aspectos necessários para a alfabetização, onde o aspecto da fala o contempla e em nenhum outro método de ensino se constata o incentivo e o respeito á vez e à voz do aluno, como na “codificação”, pois imposta ouvir o aprendiz, conhecer sua visão de mundo, valorizando conhecimentos e experiências que traz à escola por meio da fala, já o aspecto da escrita, lugar privilegiado para que o aluno produza textos espontâneos, com liberdade para fazer uso pleno da escrita e não utilizando somente sílabas já dominadas, podendo assim expressar seus conhecimentos sem limitação ortográfica. No aspecto da escrita Freire orienta o trabalho com textos reais, os quais são veiculados socialmente, e não produzidos para cartilhas, ainda desenvolve a mais abrangente forma de leitura, a “leitura crítica do mundo”, na “descodificação”. Assim os autores mostram a eficiência do método desenvolvido por Freire, o qual é muito utilizado hoje em escolas públicas. Para concluir, os autores destacam que a alfabetização em nosso país, passou por três períodos distintos, primeiro verificam séculos de domínio do método das cartilhas, material utilizado sem embasamento teórico/científico, de facilitar a aprendizagem da leitura e da escrita, material repleto de falhas que acarretam graves sequelas aos alunos e, que, portanto não é um bom instrumento utilizado. O segundo período iniciou em 1986, com a divulgação da teoria da Psicogênese da língua escrita, de Ferreiro e Teberosky, caracterizado pelo equívoco de excluir a oralidade, no processo de alfabetização, questionando a associação dos sinais gráficos da escrita aos sons da fala para aprender a ler. Nestas duas décadas, a teoria construtivista contribuiu para descrição dos processos de construção do conhecimento pelos quais a criança passam nesse último item os autores repetem condições dos itens anterior, com um diferencial que é a condição real da vida do trabalhador que precisa estudar e ser alfabetizado, e demonstra isso em canções e poesias quando fala dos analfabetos políticos, pois boa parte do fracasso da educação se dar porque existem esses analfabetos, que por não terem conhecimento acham que não deve se envolver nem participar, desse lado político da história da humanidade, e também existem os políticos que preferem que esses analfabetos continuem assim, pois se os mesmos mudarem obtendo conhecimento vão começar a cobrar mudanças, se os indivíduos adquire conhecimento se tornaram críticos com uma visão de mundo diferente.
                                               

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