Atividade realizada na aula do dia 10/04/15, na UESB, curso de pedagogia noturno, com objetivo de discutir sobre estudos feito pelos autores (Mendonças 2007), estudo sobre um breve histórico dos métodos utilizados na alfabetização, dando ênfase ao método sociolinguístico em Paulo Freire, que oferece alternativa eficaz aos docentes alfabetizadores comprometidos em realizar um trabalho significativo na formação de sujeitos pesantes e críticos.
Este blog tem como objetivo apresentar atividades desenvolvidas na disciplina Metodologia da Alfabetização, destacando a importância de estarmos metodologicamente preparados para contribuir na melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem dos alunos, quando da nossa prática na escola.
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Atividade com a criança Anna de 04 anos
ANALISE
DA FASE LECTO- ESCRITA: DA CRIANÇA OBSERVADA
A elaboração desse texto se deu a
partir de uma atividade proposta pela docente Maria da Conceição, que leciona a
disciplina de metodologia da alfabetização, pela qual os alunos teriam que
realizar uma atividade com uma criança de dois ate seis anos, para analisar em
que fase da lecto- escrita a criança encontrar-se. Para isso solicitamos que a
criança escrevesse alguns nomes que elas já tinham conhecimento como: bola,
macaco, menina e casa.
Para
entender como ocorre o processo de formação da escrita da criança tomemos como
base teórica a psicogênese da língua escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosk.
Segundo Emília Ferreiro e Ana Teberosk, as crianças elaboram conhecimentos
sobre a leitura e escrita, passando por diferentes hipóteses- espontâneas e
provisórias ate se apropriar de toda a complexidade da língua escrita. E essas
hipóteses são formuladas mediante aos conhecimentos prévios, assimilações a
partir das interações que elas possam vim a ter com as pessoas e com os
materiais escritos que circula socialmente.
Para
a teoria da psicogênese, toda criança passa pelos níveis estruturais da
linguagem escrita ate se adequar da complexidade do sistema alfabético que são:
o pré- silábico, o silábico, pelo qual se divide em silábico- alfabético, e o
alfabético. A passagem de um nível para o outro é gradual e depende muito das
intervenções feitas pelo professor, para que as crianças possam avançar de um
para o outro na idade apropriada. Após as leituras feitas pude analisar em que
fase se encontra a criança que fiz a observação.
Ana
Vitoria tem quatro anos, de acordo a teoria da psicogênese ela teriam que esta
na fase do silábico, que é a fase onde a criança inicia o processo de
fonetização, elas já sabem que a escrita representa a fala e tentam fonetizar a
escrita e dar valor sonoro as letras aonde elas usam uma letra para escrever
cada palavra. No entanto na atividade realizada com ela percebemos que ela
apresenta as características das mesmas crianças que estão no nível pré-
silábico. Onde a criança pensa que pode escrever com desenhos, rabiscos, letras
ou outros sinais gráficos, as chamadas garatujas. E quando há um avanço nesse
nível a criança percebe que a palavra escrita representa não a coisa mais sim o
nome da coisa, o aprendiz percebem que escrever com letras e diferente de
desenhos. Só que Ana Vitoria esta ainda representando os nomes dos objetos e
das pessoas apenas com rabiscos, em nenhum momento ela escreveu com letras.
Percebe-se que há uma necessidade de uma intervenção do professor com as
realizações de atividades que possam proporcionar a essa criança avançar nessa
fase e consequentemente passa para a próxima pela qual ela já deveria
está.
Atividade com a criança Lais de 05 anos.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS - DCHL
DISCENTE: GERVANILDA SILVA SANTOS
DOCENTE: MARIA DA CONCEIÇÃO ALVES FERREIRA
DISCIPLINA: METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO
ATIVIDADE DIAGNÓSTICA E ANÁLISE
Neste trabalho iremos apresentar uma atividade realizada pela professora Maria da conceição, da disciplina Metodologia da alfabetização, onde a mesma propôs a turma de pedagogia noturna, do VI semestre que realizassem uma atividade individual com crianças até os seis anos de idade, com a finalidade de analisar e diagnosticar em que hipótese das diferentes fases da representação escrita à criança se encontra, pautado em uma analise com referência teórica, onde tomamos como base para essa pesquisa a Psicogênese da Língua Escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosky.
A pesquisa sobre as contribuições da Psicogênese da Língua Escrita teve inicio em 1974, pelas argentinas Ferreiro e Teberosky, as mesmas compreendem que o conhecimento se fundamenta nas atividades vivências com o objeto de conhecimento e revela que a criança mesmo antes de entrarem na escola, já concebe suposições e hipótese sobre o código escrito. De acordo com a Psicogênese toda criança passa por níveis estruturais da linguagem escrita até se apossar do sistema alfabético que são: o pré-silábico, o silábico que se divide em silábico-alfabético e o alfabético.
Para a coleta de dados do trabalho, realizamos uma atividade com uma criança de cinco anos. Iniciamos a atividade diagnostica explicando a criança qual seria a finalidade desse trabalho, em seguida solicitamos a mesma que escrevesse palavras já conhece no seu dia-a-dia como: bola, boneca, boca, nariz, casa, queijo, bolo, perna, elefante, braço. Após a realização da atividade iniciamos a nossa análise.
Atividade realizada com a criança (Laís)
Nesta atividade a criança escreveu uma palavra (bola) com a representação de desenho, na fase em que se encontra escrever e desenhar tem o mesmo significado. Também escreveu com garatuja ou rabisco, ela esta iniciando o conceito da escrita, mas ainda não reconhece as letras nem seu valor sonoro. A mesma já consegue escrever o seu primeiro nome, mas ainda não faz nenhuma correspondência sonora entre a fala e a escrita. Portanto, podemos concluir que a criança se encontra na hipótese de escrita pré-silábica com representação não icônica.
atividade com a criança Arthur de 02 anos e 6 meses.
ANÁLISE DE ATIVIDADE
Essa
atividade foi proposta pela professora Maria da Conceição como atividade prática
na disciplina Metodologia da Alfabetização, a mesma seria desenvolvida com uma
criança em período inicial de sua alfabetização com idade entre 02 e 06 anos, fazendo
relação com a teoria da “psicogênese da língua escrita” de Emília Ferreiro e
Ana Teberosky, desenvolvida no mesmo período do construtivismo.
A atividade foi realizada com a criança Arthur Sodré, de
02 anos de 06 meses, uma criança que já está frequentando escola, tem acesso a
muitos materiais infantis como: livros de histórias, revistas de desenhos,
brinquedos pedagógicos e etc., todos esses materiais são considerados muito
importantes para o desenvolvimento da aprendizagem dessa criança, que
encontra-se no nível pré-silábico, com escrita representada através da
representação icônica, onde a criança se expressa através de rabiscos e
desenhos, que segundo as autoras Ferreiro e Teberosky (2007), em sua teoria da
Psicogênese da língua escrita, descrevem que “como o aprendiz se apropria dos conceitos e das habilidades ler e
escrever, .... o aluno, na fase pré-silábica do caminho que percorre até
alfabetizar-se, ignora que a palavra escrita representa a palavra falada, e
desconhece como essa representação se processa”.
Sendo assim, nessa nova educação consideramos as
potencialidades dos alunos e sua bagagem, sem deixar de destacar as estratégias
utilizadas pelos professores no ensino-aprendizagem dessas crianças, pois cada
uma delas tem seu tempo de aprendizagem, na passagem de um nível para outro. Portanto
podemos observar na atividade da criança Arthur que o mesmo encontra-se no
início do nível pré-silábico mais avançado, pois seus rabiscos/desenhos já
começam a tomar formas.
Por
tudo exposto, e com base na teoria da psicogênese, a atividade realizada e
analisada, que teve com objetivo avaliar em que nível de escrita se encontra a
criança com a qual foi feita a atividade de diagnóstico, onde foi obtido um
resultado satisfatório pelo desenvolvimento do ensino-aprendizagem da criança
que encontra-se no nível pré-silábico. Sendo que a apropriação do
conhecimento desses níveis se dá de maneira gradual. Para Ferreiro e Teberosky (1997) “Mais do que pensar em métodos, é preciso
compreender os processos de aprendizagem da criança ao tentar reconstruir a
representação do sistema alfabético.” Por isso é necessário que o professor
assuma um papel motivador e entenda as dificuldades da criança acompanhando seu
processo de desenvolvimento em relação à escrita, para que o método da Psicogênese da Língua Escrita seja alcançado dentro de suas características.
Referência:
MENDONÇA, Onaide Shwartz; MENDONÇA, Olympio Correa. Alfabetização: método sociolinguístico: consciência social,
silábica e alfabética em Paulo Freire.
São Paulo: Cortez, 2007.
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